8/26/2011

Chico da Silva, da ilha, de orgulho.

Chico da Silva, cantor e compositor, nascido Francisco Pereira da Silva na ilha de Parintins (a 420 KMs de Manaus-AM), no dia 8 de Maio de 1945. Consagrou-se com suas músicas e composições entoando canções para os bois-bumbás Garantido (o qual é uma de suas paixões) e Caprichoso e também alcançando nomes importantes do cenário nacional, tais como Alcione, a marrom, e Martinho da Vila. Chico começou sua carreira ainda na juventude, no meio dos anos 70. Seu samba encanta o coração de todo pagodeiro que se preze. 


Chico da Silva - 1977

Chico da Silva - 1978


No começo de sua carreira fez parte do conjunto "Os Amigos do Som" que contava com Saci da Aparecida, Lúcio Bahia, Agnaldo do Samba, Mariolindo, Manoel Batera & Cia. Em 1977 a cantora maranhense Alcione gravou uma composição da autoria de Chico, "Pandeiro é meu nome", em parceria com Venâncio, atingindo uma venda de 400 mil cópias. Também em 1977, Chico da Silva foi contratado pela PolyGram. Em meados dos anos 80 desenvolveu sua evolução como sambista melodioso e trabalhou com Martinho da Vila.


Chico da Silva - 1982

Chico nunca parou de compor mas quase perdeu a capacidade de cantar e também a voz devido a uma doença na década de 90, que, para a alegria dos fãs foi superada. Como bom parintinense, sem dúvidas que Chico deixaria sua marca com toadas de boi-bumbá. Uma delas, e talvez a mais famosa, chegando a atingir reconhecimento nacional e regravação de vários cantores é "Vermelho", do boi de mesma cor, Garantido,  mas também compôs letras para o boi azul, Caprichoso.






Algumas de suas obras mais populares são composições como "Sufoco", "Convite a Roberto Carlos" e "É Preciso Muito Amor". Um obrigado à Parintins, ilha tupinambarana por este presente que tanto nos presentou com sua música.


Discografia:

(2008) Chico da Silva • Série A Popularidade • CD
(1999) Chico da Silva • Série Minha História • CD
(1988) Missão de cantar • Polydor/PolyGram • LP
(1984) Samba na hora H • Polydor/PolyGram • LP
(1983) Sambaterapia • Polydor/PolyGram • LP
(1982) Samba na casa nossa • Polydor/PolyGram • LP
(1981) Os afazeres • Polydor/PolyGram • LP
(1980) Sonhos de menino • Polydor/PolyGram • LP
(1979) Tudo mudou • Polydor/PolyGram • LP
(1978) Samba também é vida • Polydor/PolyGram • LP
(1977) Samba: Quem sabe diz... • Polydor/PolyGram • LP



7/11/2011

Claudio Santoro. Ilustre filho sonoro





Claudio Franco de Sá Santoro é um dos mais ilustres músicos vindos do Amazonas. Nascido em Manaus, capital do estado, no ano de 1919, foi um grande compositor, regente, professor, administrador, jurado, articulista, organizador, dentre outros, que representou o estado do Amazonas em conferências e palestras no Brasil e ao redor do mundo como convidado de vários governos e instituições.

Ele foi o primeiro de 12 filhos. Desde cedo foi considerado um garoto prodígio e morreu em 1989, regendo durante o primeiro ensaio que seria em homenagem à Revolução Francesa. Teve importância nas áreas educacionais, arísticas e políticas, tanto que após sua morte algumas instituições e locais ganharam seu nome - como o Auditório em Campos do Jordão-SP e o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro-Manaus-AM.

Auditório Claudio Santoro - Campos do Jordão, SP

Sua jornada começou cedo. Aos 10 anos de idade ganhou um violino de seu tio, passando assim a receber suas primeiras aulas teóricas e práticas de música. Aos 13 ganhara uma bolsa de estudos do governo do Amazonas para estudar no Conservatório de Música do Rio de Janeiro, aonde tornou professor de violino após sua graduação em 1937. Três anos depois compôs sua primeira sinfonia junto com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter que lhe ensinou técnicas de composição e contraponto, juntos os dois lideram o Grupo Música Viva que representava a nova escola de composição brasileira.

Em 1948, Santoro encontrava-se estudando com Nadia Boulanger, aonde foi designado para representar o Partido Comunista no 2º Congresso Internacional de Compositores e Críticos Musicais de Praga, assumindo assim dentre outros uma posição estética em busca de meios acessíveis e em conformidade com seu osicionamento ideológico.

Ao regressar para o Brasil passou por dificuldades financeiras, o que o levou a morar em uma fazenda no sul de Minas Gerais. Em 1950 voltou para o Rio, onde trabalhou  na Osquestra da Radio Tupi como violinista e escrevendo músicas para inúmeros filmes brasileiros, muitos deles inclusive recebendo prêmios. 

Teatro Nacional Claudio Santoro - DF

Na década de 60, Claudio Santoro abandona sua fase nacionalista e retorna ao serialismo do dodecafonismo (um  sistema de organização de alturas musicais aonde as 12 notas da escala cromática são tratadas como equivalentes, ou seja, sujeitas a uma relação ordenada e não hierárquica, criada pelo austríaco Arnold Schoenberg), unindo sua experiência e maturidade, lhe permitiu alcançar experimentos musicais mais avançados. Em 1967 foi convidado pelo Governo da República Federal Alemã para o Programa Artista Residente de Berlim Ocidental e pela Fundação Brahms de Artista Residente da Casa de Brahms (Baden Baden).

Permaneceu na Alemanha até 1978 dando aulas de composição e regência e participando ativamente das pesquisas musicais do país. Foi professor de regência, composição, diretor da orquestra e do departamento de músicas de orquestra da Escola Estatal Superior de Música Heidelberg Mannheim. Retornou ao Brasil como chefe do Departamento de Artes da UNB a convite do próprio reitor, organizando a Orquestra  Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, aonde ficaria até o fim de sua vida.

Ao fim de sua longa jornada, Santoro deixou um acervo musical com cerca de 500 obras, dentre estas, 14 sinfonias, quartetos, cantatas, concertos, câmara para trios, solos,cantatas, música eletroacústica, poemas sinfônicos, oratórias, ópera etc, sem mencionar a incomparável inspiração e orgulho que deixou como legado para as gerações posteriores influenciando os músicos que surgiram mesmo após sua morte. No ano de sua morte seria-lhe prestado uma série de homenagens no Brasil, Alemanha, França e Rússia, pelo seus 70 anos.

Claudio Franco de Sá Santoro - * Manaus, 23/11/1919    † 27/03/1989


Prêmios Conquistados:

Orquestra Sinfônica Brasileira (1943)
Chamber Music Guild de Washington e RCA Victor (1944)
Interventor Dornelles (1945)
Guggenheim Foundation Fellowship (New York, 1945)
Governo Francês para estudos de pós graduação em Paris (1947)
Lili Boulanger (Boston, 1948)
Berkshire Music Center (Boston, 1949)
Medalha de Ouro da Associação de Críticos Teatrais do Rio de Janeiro (1950),
Internacional da Paz (Viena, 1953)
Saci (Oscar brasileiro, 1954)
Estado de São Paulo (1959)
Teatro Municipal do Rio de Janeiro (1960)
Ministério da Educação e Cultura (pela inauguração de Brasília -1960)
Associação Jornalistas de Brasília (1964)
Jornal do Brasil (1965)
Melhor Obra do Festival da Guanabara (1970)
Governo do Estado do Rio (1973)
Golfinho de Ouro (1977)
Moinho Santista (1979)
Ciccilo Matarazzo (1985)
Shell (1985)
Lei Sarney (1987).

Condecorações:

Governo do Amazonas (1969)
Bundesverdienstkreuz (República Federal Alemã, 1979)
Medalha do Mérito do Estado do Amazonas (1982)
Ordem do Rio Branco (1985)
Ordem do Mérito de Brasília (1986)
Governo da Bulgária (1986)
Governo da Polônia (1987)
Ordem do Mérito do Alvorada (1987)
Governo da França (póstumo, 1989).
Cidadão Honorário de Brasília (Câmara Legislativa do Distrito Federal – 2003)

4/13/2011

Calçadas Históricas

Uma pequena discussão se fez ao longo dos anos sobre "Quem teve a primeira calçada ondulada em preto e branco?". A grande maioria afirma que foram os cariocas, sem dúvida. Os defensores de história amazonense defendem que foram os povos barés. Então, quem veio primeiro nessa questão? O Rio de Janeiro ou Amazonas?



Praça do Rossio - Lisboa - Portugal



Praça do Rossio - Lisboa - Portugal

A resposta é: nenhum dos dois! O Brasil importou muitas coisas da Europa, dentre estas coisas temos o calçadão ondulado, que foi primeiramente construído na Praça Dom Pedro IV, em Portugal. Essa praça ficou conhecida como Praça do Rossio entre os habitantes locais, um ponto de encontro não só para os lisboetas, é também uma grande atração turística portuguesa. O seu desenho homenageia o encontro das águas do Rio Tejo com o Oceano Atlântico.


Copacabana - Desenho mantido até o fim dos anos 20



Teatro Amazonas e o Largo de São Sebastião - Manaus - Brasil

No Brasil, na cidade de Manaus, a calçada do Largo de São Sebastião (ao redor do Teatro Amazonas no centro da cidade) foi concluída em 1901, mas já havia sido planejada desde 1880. Quando o teatro foi concluído em 1896 já se planejava construir o calçadão de fato neste estilo. No Rio de Janeiro a obra ficou pronta em 1905, mas os calceiteiros dispuseram a forma das ondas perdendiculares ao mar, o que foi mudado após uma uma grande ressaca que destruiu a orla e então refizeram o calçadão com o desenho de ondas paralelas, os quais vemos hoje - apenas um pouco diferente, pois Burle Marx na reforma de 70 suavizou as curvas do desenho da calçada.


Calçadão de Copacabana - Rio de Janeiro - Brasil



Largo de São Sebastião - Manaus - Brasil


Largo de São Sebastião e Teatro Amazonas ao fundo - Manaus - Brasil



Cronologicamente falando, Lisboa lidera, mas temos que concordar que em termos de beleza esta é uma boa competição!


Manaós

Fotos de Manaós (como era grafado antigamente o nome da cidade) do começo do século passado em diante. É uma diferença claramente percebida, desde a organização da cidade, quanto sua população, vestimenta, etc.

Alguns lugares das fotos hoje não são nem parecidos como eram antigamente, o que nos mostra o quanto uma cidade pode mudar (mesmo antes da era da borracha começar). Olhando essas fotos não é difícil comparar às novelas de época que estamos acostumados a assistir.

Por essas fotos percebemos claramente que havia um planejamento visando a ordem da cidade que nem almejava ser a metrópole que é hoje, pena que a organização não acompanhou o crescimento com o passar dos anos.

Realmente Manaus era bem diferente, mas com certeza tão encantadora quanto é hoje.





Av. Eduardo Ribeiro canto com a Av. 7 de setembro
(charrete)
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán


Jardins da Praça da Matriz
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán



Vista da Praça da Matriz
Fonte: Carmélia Esteves de Castro
Coleção: Jorge Herrán




Inauguração do Chafaris das Quimeiras na Praça 15 de
Novembro
Fonte: Carmélia Esteves de Castro

Coleção: Jorge Herrán

Ponte metálica na Av. 7 de setembro
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán



Agencia do Banco do Brasil Praça XV
Fonte: AFABB-AM
Coleção: Jorge Herrán



Planta (croquis) da Cidade de Manaus 1852
Fonte: IGHA-AM
Coleção: Jorge Herrán



Porto de Manaus em construção
Fonte: Photo Allemã
Coleção: Jorge Herrán




Usina de Viação
Fonte: Postal de Alain Coix (FRança)
Coleção: Jorge Herrán



Teatro Amazonas
Fonte: Postal de Alain Coix (França)
Coleção: Jorge Herrán


Ruinas da Fortaleza do Rio Negro
Fonte: Carmélia Esteves de Castro
Coleção: Jorge Herrán



Rua Henrique Martins
Fonte: Photo Allemã
Coleção: Jorge Herrán



Fabrica de cerveja
Fonte: Carmélia Esteves de Castro
Coleção: Jorge Herrán




Foto aérea do Teatro Amazonas
Fonte: Carmélia Esteves de Castro
Coleção: Jorge Herrán




Lago de Educandos
Fonte: Carmélia Esteves de Castro
Coleção: Jorge Herrán



Rua Municipal canto com a Rua Saldanha Marinho
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán



Sala de espectáculos do Teatro Amazonas
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán



Planta de Manáos 1906
Fonte: URBAM
Coleção: Jorge Herrán



Pavilhão Universal de Manáos
Fonte: Postal de Alain Coix
Coleção: Jorge Herrán



Penitenciaria
Fonte: Postal de Alain Coix
Coleção: Jorge Herrán



Jardins da Praça da Polícia
Fonte: Postal de Alain Coix (França)
Coleção: Jorge Herrán



Jardim da Praça General Osório
Fonte: Postal de Alain Coix (França)
Coleção: Jorge Herrán



Escadaria do Teatro com a Igraja de São Sebastião
Fonte: Postal de Alain Coix (França)
Coleção: Jorge Herrán



Vapor Rio Grande, atracado á Doca flutuante da Manáos
Harbour Ltda.
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán



Bazar Passe-Partout
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán

Bazar Passe-Partout
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán



Armazens Andresen
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán




Residencia do Sr. Carlos de Figueiredo
Presidente do Banco Amazonense
Fonte: Álbum do Amazonas 1901-1902
Coleção: Jorge Herrán



3/31/2011

Natureza Amazônida

O post inicial do Amazonature vem trazendo uma pequena seleção de fotos da capital do estado do Amazonas, a cidade de Manaus, mostrando suas belezas naturais e arquitetônicas e o contraste harmonioso que deslumbra os conterrâneos, atraindo também turistas e investimentos para um estado em constante crescimento e que apesar de pouca densidade demográfica é o 4º maior PIB do Brasil, o que torna irrefutável a potência que é este estado. Podemos assim dimensionar a importância de cunho social e cultural que o Amazonas tem num lugar agraciado de terras tão ricas e belas.













Fiquem à vontade para admirar, congratular os fotógrafos ou compartilhar novas fotos sempre.
Uma boa semana!